26/06/2025
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Os jogos online são uma das formas de entretenimento mais populares entre crianças e adolescentes, com milhões de jogadores ativos diariamente. Segundo uma pesquisa da Cetic Brasil (2024) , 78% dos jovens entre 9 e 17 anos jogam on-line. Embora esses jogos ofereçam benefícios, como desenvolvimento cognitivo e socialização, também apresentam riscos significativos, desde exposição a conteúdos inadequados até possíveis vícios. Como pais, é crucial entender esses desafios e adotar estratégias para garantir uma experiência segura.
Muitos jogos populares, como Fortnite, Call of Duty (COD), Grand Theft Auto (GTA) entre outros, possuem classificação indicativa para maiores de 16 ou 18 anos, mas são frequentemente acessados por crianças. Consequentemente, menores entram em contato com conteúdos inadequados, evidenciado na notícia divulgada pela Secretaria de Comunicação Social, onde 60% dos jovens já encontraram linguagem ofensiva ou conteúdo violento em jogos on-line.
Nesse sentido, mesmo os jogos voltados para o público infantil oferece perigos. Plataformas de comunicação em jogos (chat de voz, mensagens) podem expor crianças a predadores, golpistas e cyberbullying. Por isso é tão importante acompanhar a criança durante esses momentos de diversão.
Além disso, há um outro dado alarmante, 28% dos jovens brasileiros fazem uso abusivo de videogames, acima da média nacional, diz pesquisa da USP. A OMS (Organização Mundial da Saúde) reconhece o vício em jogos como um transtorno mental, caracterizado por perda de controle, priorização excessiva dos jogos e continuidade mesmo com consequências negativas.
Veja também: Saiba os Perigos da Cultura do Narcisismo e Redes Sociais
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda:
Até 2 anos: Nenhuma tela.
2 a 5 anos: Máximo de 1h/dia, com supervisão.
6+ anos: Até 2h/dia, com intervalos.
Verifique a classificação indicativa (PEGI, ESRB) e leia análises em sites como Common Sense Media. Jogue junto ou assista a gameplays no YouTube para entender o conteúdo.
Console/PC: Use ferramentas como Microsoft Family Safety (Xbox), PlayStation Parental Controls ou Google Family Link.
Smartphones: Restrinja compras no app store e bloqueie jogos inadequados.
Chats: Desative conversas com desconhecidos em configurações de privacidade.
O colégio Diversitas já te ajuda com esse tópico, mas nada melhor que o reforço em casa. Ensine seu filho a:
Nunca compartilhar dados pessoais (nome, escola, endereço).
Reconhecer golpes (links suspeitos, promessas de "vantagens gratuitas").
Relatar mensagens abusivas ou comportamentos estranhos.
Fique atento ao isolamento social, como preferir jogos a amigos/família, queda no rendimento escolar, irritabilidade quando não pode jogar e, se necessário, busque apoio de psicólogos especializados em dependência digital.
Os jogos on-line são uma realidade praticamente inevitável na vida das crianças, mas com informação, diálogo e ferramentas adequadas, os pais podem minimizar os riscos e transformar essa experiência em algo positivo.