04/04/2025
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Vivemos em uma era digital onde as redes sociais fazem parte do dia a dia dos nossos jovens. Elas trazem benefícios, como a facilidade de comunicação e acesso à informação, mas também apresentam desafios importantes. Um deles é a cultura do narcisismo, que pode influenciar a forma como os jovens se veem e se relacionam com os outros.
Antes, é importante entendermos a diferença entra o transtorno de personalidade narcisista (TPN) e a cultura narcisista.
A TPN não é gerado pelo uso das redes sociais e trata-se de um distúrbio psicológico caracterizado por uma grandiosidade exagerada, falta de empatia e necessidade extrema de admiração, levando a pessoa a acreditar ser superior aos outros enquanto menospreza ou explora relações.
Já a cultura narcisista é um comportamento social contemporâneo especialmente impulsionado pelas redes sociais.
Algumas condutas comuns nesse contexto incluem:
Comparação constante com a vida "perfeita" dos outros.
Necessidade de exibição (postar apenas o que gera aplausos).
Dificuldade em lidar com críticas ou frustrações.
Relações superficiais, onde o que importa é a quantidade, não a qualidade.
Psicólogos explicam que esse fenômeno surge como resposta ao ambiente digital, onde as interações virtuais podem reforçar inseguranças e criar uma dependência de validação externa.
Ansiedade e Baixa Autoestima: a busca por aprovação pode gerar frustração quando as expectativas não são alcançadas. Além disso, a comparação com perfis editados e irreais diminui a confiança em si mesmo.
Dificuldade no Aprendizado e Trabalho em Equipe: se o foco está apenas no "eu", atividades colaborativas podem ser desvalorizadas e com isso a paciência para processos de longo prazo (como estudar para uma prova) diminui, já que as redes sociais oferecem recompensas instantâneas.
Distúrbios de Autoimagem: se comparar constantemente com vidas e corpos “perfeitos” nas redes sociais gera uma preocupação excessiva com a aparência, comportamentos compulsivos - como checar a aparência repetidamente - e comparação obsessiva com outros, desencadeando outros problemas físicos e psicológicos.
Como escola e família, temos um papel essencial em ajudar os jovens a equilibrar o uso das redes sociais e desenvolver uma autoestima saudável.
As redes sociais vieram para ficar, mas não precisam definir quem somos. No Colégio Diversitas, acreditamos que, com diálogo, limites saudáveis e incentivo às relações reais, podemos ajudar nossos jovens a usar a tecnologia de forma positiva, sem deixar que ela os domine.
Para ajudar você, compartilhamos algumas dicas de eventos em família, discussões e notícias que podem te ajudar ainda mais a lidar com essa questão em nossas redes sociais, confira clicando aqui.